Leitura: ESE cap. 11 item 10 (1°§)
Prece inicial
Primeiro momento (Sensibilização): Fazer algumas perguntas para as crianças, tipo:
1º Como vão as coisas em casa? Papai e mamãe vão bem? (substituir a pergunta caso alguma criança não viva ou não tenha pais)
2º É bom conviver com a família? (pais, irmãos, tios, avós, etc.)
3º Vocês são obedientes em casa?
Texto de apoio para o Evangelizador:
Nossa família em crise: o que está faltando?
As crises e as dificuldades fazem parte do aprendizado do espírito. O nosso lar é um laboratório onde, através de experiências e vivências, aprendemos a enfrentar e vencer os desafios da nossa existência.
Os desajustes nos lares acontecem, muitas vezes, por falta de pequenos gestos e atitudes dos pais para com os filhos, entre os cônjuges, entre os irmãos e dos filhos para com os pais.
Assim, para um bom relacionamento familiar não pode faltar o RESPEITO às individualidades e às características de cada um. O respeito dos sonhos dos outros familiares, sem a transferência de desejos não realizados. Sem esperar que eles acertem onde erramos.
Não pode faltar DIÁLOGO. Essa deve ser uma prática constante na família e principalmente entre os cônjuges. Sem diálogo não há entendimento, não há harmonia. O diálogo com os filhos deve começar já na concepção, pois com o princípio da vida orgânica, também, inicia, através do perispírito, o processo de ligação espiritual do ser que está sendo gerado. Deve estar presente na infância, quando devemos descer ao nível de entendimento das crianças, na adolescência, levando-se em consideração todas as dificuldades e conflitos que surgirem.
Deve existir LIBERDADE. Mas a liberdade deve ser concedida proporcionalmente à maturidade e a responsabilidade de cada filho. Aliás, mais do que uma concessão deve ser uma conquista dos filhos. Quanto mais maduros e responsáveis, mais liberdade conquistam.
Deve existir LIBERDADE. Mas a liberdade deve ser concedida proporcionalmente à maturidade e a responsabilidade de cada filho. Aliás, mais do que uma concessão deve ser uma conquista dos filhos. Quanto mais maduros e responsáveis, mais liberdade conquistam.
Não pode faltar VIGILÂNCIA. É de fundamental importância que os pais acompanhem de perto os filhos, suas preocupações, orientando-os nas escolhas das amizades e ocupações.
A DISCIPLINA é essencial para um relacionamento harmônico. A vida nos impõe disciplinas naturais. Quando nos descuidamos do nosso corpo, quando cometemos excessos, as enfermidades aparecem. A função da disciplina doméstica é despertar na criança e nos jovens a autodisciplina e o autocontrole, para que possam ter relacionamentos equilibrados e consigam vencer os desafios que a vida impõe. O castigo, se necessário, objetiva disciplinar, não deve ser usado como meio de vingança e não deve reforçar as coisas negativas. Quando ficamos chamando as crianças de burras, de tolas, de fracas, de medrosas, com o tempo elas vão passar a acreditar que realmente o são. E quando tiverem que enfrentar o primeiro desafio, vão sentir-se inseguras e incapazes. A CRÍTICA deve ser direcionada ao fato e não à pessoa. Quando dirigido à pessoa, estamos ofendendo e humilhando; nunca corrigindo e disciplinando.
A PACIÊNCIA e a TOLERÂNCIA são fundamentais na educação dos filhos e no relacionamento familiar.
Uma coisa que nunca pode faltar na família é o EXEMPLO NO BEM. Como querer que nossos filhos nos respeitem, respeitem os irmãos, os colegas e as visitas, se não os respeitamos? Queremos que os filhos não se agridam, e no primeiro erro que eles cometem, nós os agredimos. Ensinamos que não devem mentir, e na primeira visita indesejável, os mandamos dizer que não estamos em casa.
...
Para vencer as crises domésticas sigamos o modelo exemplificado por Jesus, que nos ensinou a sermos pacientes, mansos e humildes de coração, a amar o nosso próximo, a perdoar e a sermos misericordiosos até com nossos inimigos. Nos ensinou a buscar sempre a justiça, por mais que fôssemos por isso perseguidos, a honrar nosso pai e nossa mãe, a vigiar e orar, a buscar em Deus o consolo para nossas aflições e a praticar a caridade.
Assim, quando pais e filhos conseguirem se aproximar desse modelo deixado por Jesus, com certeza, o lar será muito melhor, mais harmonizado, e quando os desafios baterem à porta terão mais equilíbrio para superá-los e vencê-los.
Publicado no periódico Seara Espírita nº 44, ano IV, julho de 2002
Segundo momento: contar a história - Conversando sobre Pais (como a história não tem gravuras, transmita-a através de conversa, inserindo as próprias crianças no assunto, é uma ideia)
Era hora do recreio, e as crianças conversavam no pátio da escola: Fred e Gugu, Pedro e Marina. Fred era irmão de Gugu, e Pedro era irmão de Marina.
_ Tô com raiva do meu pai! - dizia Fred. Ele disse que ia me levar ao circo, e não levou. Foi deixar para a última hora, aí teve que fazer serão na oficina, e não deu tempo...
_ Que é serão? - perguntou Marina.
_ É quando a pessoa tem que ficar no trabalho até mais tarde, porque tem muito serviço para fazer - explicou Gugu.
_ Ah!... - continuou a garota. Minha mãe às vezes faz isso aí, lá no hospital onde ela trabalha. Só que lá eles falam plantão, e não serão. Eu não gosto que ela fique de plantão! Quando ela sai fico de cara feia, e não faço nada do que ela manda!
_ É, Marina - observou Pedro. Você faz isso mesmo, mas a mamãe precisa trabalhar e fazer plantão para ganhar mais um dinheirinho, já que não temos mais o papai para nos ajudar...
_ Vocês não têm pai? - perguntou Gugu.
_ Ele desencarnou no ano passado - esclareceu Pedro.
_ Eu acho que pai e mãe às vezes são muito chatos! Zangam com a gente à toa, não nos deixam fazer o que queremos, botam horário para estudar, para ver televisão... - tornou Fred.
Nisto, chegou a professora Judith, trazendo duas lancheiras. E falou:
_ Fred e Gugu, a mãe de vocês veio trazer as lancheiras com as merendas que esqueceram em casa.
_ Puxa, que lancheira legal, Gugu! A sua também Fred - disse Marina.
_ Meu pai comprou para nós, quando ele recebeu o salário - respondeu Gugu.
A professora Judith, que ouvira parte da conversa das crianças, falou:
_ Pois é, meninos, eu ouvi um pouco da conversa de vocês, e gostaria de dar minha opinião, porque também tenho filhos. Os pais às vezes fazem coisas das quais os filhos não gostam. Nós não somos perfeitos, também enfrentamos problemas... mas, o importante é que os pais, além de nos terem dado um corpo para vivermos, se dedicam a nos ajudar até que cresçamos, e mesmo depois, geralmente com carinho e atenção. Quantas noites terão passado em claro, quando éramos bebês e chorávamos... Quantas coisas terão deixado de comprar para eles a fim de nos darem algum presente... Eles trabalham duro, e o salário é para nos sustentar, nos dar conforto, dentro de suas possibilidades. É claro que os pais são também pessoas como as outras, com qualidades e defeitos, mas sempre merecedores de nossa gratidão e amor. Se tratamos bem pessoas que nem conhecemos direito, como não dispensar carinho e atenção aos paizinhos que são responsáveis pela nossa existência?
Lembrando a mamãe, às vezes com uma expressão de cansaço, quando chega do plantão, mas que ainda encontra ânimo para lhe fazer um carinho, ou arrumar as coisas que ela se recusara a fazer, Marina comentou:
_ A senhora tem razão, D. Judith! A mamãe às vezes fica muito chata, porém, durante a maior parte do tempo ela é tão boa para a gente!
_ O papai também é muito legal. Acho que eu é que fico exigindo muito dele. Afinal, mesmo não sendo o tempo todo como eu gostaria que ele fosse, é o meu melhor amigo de verdade! - ponderou Fred, com um largo sorriso.
_ Também acho! - acrescentou Gugu.
_ Quando chegar em casa vou dar um abração na mamãe - ajuntou Marina - e procurarei ajudá-la para que não fique tão cansada com tanto serviço a fazer!
_ Eu também! - completou Pedro
E como se aquelas decisões fossem luzes em seus corações, as crianças sentiram-se mais leves e felizes, experimentando como é bom cumprirmos as leis de Deus, sendo uma delas o "honrar pai e mãe", ou seja, respeitar, compreender, auxiliar e cultivar afeição para com aqueles que nos eram a bênção do corpo.
(Fonte: AME/JF)
Conclusão: Ajudar as crianças a perceberem o quanto é importante viver em harmonia, que nossos pais / responsáveis são seres falíveis, mas se esforçam para nos dar o melhor possível e que o mais importante não são os bens materiais que eles possam nos dar, mas as virtudes que nos auxiliam a desenvolver, que nos ajudarão a sermos Homens de Bem.
Terceiro momento - Atividade:
Fazer um cartão para família, utilizando a técnica de pintura com os dedos, essa pintura será feita na frente do cartão e dentro será escrito uma mensagem para família (anexo um modelo com ideias para pintura e de como fazê-la). Não se esqueça, solte sua imaginação, use a criatividade.
Prece final
Sugestões:
gosto muito dessas mensagens elas me ajudam muito com as reunioes familiares que faço com meus filhos e esposo!
ResponderExcluirFico feliz por você!
ResponderExcluirO diálogo em família é sempre muito bom!