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sexta-feira, 8 de julho de 2011

Família Espírita

Leitura: ESE cap. 4 item 5
Prece inicial

Primeiro momento (Sensibilização): Fazer algumas perguntas para as crianças, tipo:
1)  Sabemos o que venha a ser uma família? (Nesse momento podemos apresentar algumas gravuras de grupos familiares diversos)
2)   E uma Família Espírita? Como ela é? Ou como deve/deveria ser?
3)   Qual deve ser o ambiente de uma família espírita?


Texto de apoio para o Evangelizador:
     O pano de fundo do conceito espírita da Educação é o princípio da multiplicidade das existências. A reencarnação situa o educando na posição de quem está recomeçando. Quer dizer que além das heranças biológicas da espécie e da influência sócio-familiar, a criança carrega um passado de experiências e conhecimentos que se manifestam na vida atual em forma de tendências e intuições inatas. É por isso que a Educação espírita se orienta no sentido horizontal de integrar o ser reencarnado sócio-culturalmente e no sentido vertical de fazê-lo evoluir, tendo em vista o seu destino de Espírito.

O LAR ESPÍRITA 
   “A construção de um lar deve começar antes mesmo do casamento, pela escolha dos cônjuges, segundo as afinidades de ideias e sentimentos e segundo os compromissos assumidos pelos envolvidos, antes da suas reencarnações. O matrimônio não pode ser fruto de mera atração física, deve ser uma união de almas. Os que assim se casam e adotam o Espiritismo por filosofia de vida têm nas mãos todas as ferramentas para edificar a família do terceiro milênio. Uma família sem as formalidades e a opressão do passado e sem o alheamento e desencontros do presente.
    Uma casa que abriga pessoas, só merece o nome de lar, quando todos os que nela habitam desfrutam de intimidade, liberdade e amor. É esse o clima ideal para uma Educação verdadeira. Quando todos os membros da família sentem-se à vontade para expor suas opiniões, suas dúvidas, seus problemas; quando todos relatam abertamente suas experiências pessoais da escola, do trabalho, do cotidiano; quando existe um interesse recíproco pelas realizações de cada um; quando as dificuldades são enfrentadas em conjunto - então há realmente uma família e não um grupo de estranhos vivendo sob o mesmo teto.
    As crianças que crescem nesse ambiente e acostumam-se desde cedo a mostrarem francamente em casa todo o seu mundo íntimo e por sua vez têm a oportunidade de conhecerem a fundo seus próprios pais, discutindo em pé de igualdade com eles, não serão jamais adultos de lotarem consultórios psiquiátricos. Entre pais e filhos deve ser cultivada uma amizade aberta e carinhosa, muito diferente daquele distanciamento autoritário de antigamente. A palavra respeito (que tinha o sentido de obediência pacífica, de tratamento cerimonioso) deve ser substituída pela palavra amor. E amor implica intimidade. Ora, não se conquista a intimidade de alguém sem se oferecer a própria. Ou seja, os pais não podem esperar que os filhos se abram, se eles mesmos se mantêm fechados.”
(Incontri, Dora. in: A Educação da Nova Era, Editora Comenius)


Segundo momento: contar a história Vítor e seus Pais. 
     Vítor era um garoto forte e inteligente, respeitava e gostava muito de seus pais.
     A estima que tinha por eles, porém, não bastava para que vivessem felizes, porque Vítor tinha um costume feio: não fazia nada se os pais não lhe dessem alguma coisa em troca.
     Para estudar e fazer as tarefas escolares, a mãe tinha que lhe prometer algum presente, como um gibi, por exemplo, o que, nem sempre ela podia porque também não dispunha de dinheiro todos os dias, o que ele não entendia.
     Quando a mãe lhe pedia para fazer alguma coisa, dizia:
     - Irei, mas com uma condição - e lá vinha ele com alguma exigência.
     Num dia ele queria ir à lanchonete, no outro, queria um brinquedo da moda, no outro, queria que mãe o liberasse de alguma outra obrigação e, assim por diante.
     O pai, senhor Paulo, ao ver o boletim escolar advertia:
     - Filho, cuidado com estas notas! Você precisa estudar mais, senão poderá até repetir o ano.
     Vítor, pensativo, falava:
     - Se eu estudar mais e passar de ano, no Natal, eu quero uma bicicleta nova, de marcha, porque a minha já está muito velha!
     O pai, preocupado com este modo de agir do filho, que sempre propunha uma barganha, alertava!
     - Vítor meu filho, você deve fazer suas obrigações e ajudar nos afazeres de casa; numa família, deve haver espírito de união e colaboração e não de interesses.
     Vítor escutava, mas não assimilava essas advertências e continuava o mesmo.
     Quando a mãe pedia para arrumar o quarto, por o material escolar em ordem, guardar o tênis no lugar, ir comprar alguma coisa, ele gritava, indignado:
     - Tudo eu! Parece que não tem mais ninguém nesta casa! Não aguento mais!
     A mãe de Vítor dona Célia, falava carinhosamente:
     - Filho, você já está grande! Sabe que numa família deve haver colaboração, divisão de tarefas!
     Vítor parou e meditou:
     - Nossa!!! Então, para isso eu quero aquele tênis novo!
     Na manhã seguinte, ele encontrou um bilhete ao lado do seu copo de leite. Muito curioso para saber do que se tratava, abriu logo e leu. Dizia o seguinte:
     "Filho querido, vamos,a partir de hoje, cobrar tudo o que fizemos por você e para você até agora:
     Horas de sono perdidas quando você ainda era nenê - queremos como pagamento: Amor.
     As noites à sua cabeceira quando tinha febre – queremos: Amor.
     As primeiras papinhas feitas com cuidado e carinho - queremos: Amor.
     As horas em que, cansados o, levamos à escola e também a passeios queremos: - Amor.
     Seus brinquedos preferidos e as roupas que você mais gosta, comprados muitas vezes com sacrifício - queremos: Amor.
     Suas roupas sempre limpa - squeremos: Amor.
     Suas refeições sempre quentinhas, gostosas e saudáveis - queremos: Amor.
     O pagai e a mamãe, que trabalham e fazem de tudo para lhe dar o melhor - só cobramos de você: Amor!
     Com muito carinho.
     Seus pais"
     Vítor, ao ler o bilhete, ficou envergonhado e pensou:
     - Papai e mamãe fazem tanto por mim e só me pedem amor!
     Continuando a analisar o bilhete, ele refletiu que tudo aquilo era verdade: o conforto que tinha, a sua cama limpinha e gostosa, o banho quentinho, a comidinha saborosa que a mamãe fazia, a TV com os programas que ele tanto gostava e o principal: o amor em família.
     Daí pra-frente, Vítor foi modificando o seu modo de pensar e agir: ele passou a colaborar com todos em casa, porque começou a sentir gratidão em relação a seus pais e ele passou, realmente, a viver o amor em família.


Conclusão: A família espírita é importante pela consciência que nos dá de sermos espíritos imortais, que estamos unidos aos outros membros da família por oportunidade de aprendizado e reparação dos nossos erros. “Honrai vosso pai e vossa mãe” é o princípio do amor ao próximo, e na família espírita temos a oportunidade e exercitar este princípio.


Terceiro momento – Atividade
Pedir para as crianças montarem a sua família, desenhos abaixo, de bonecos e carinhas para completar, recortar e colar.
       
Prece final



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